domingo, 20 de janeiro de 2013

Maquiavel, o príncipe.



Olá pessoal, olha ai aqui de novo, estou eu no final das "minhas férias", prestes a voltar à labuta, aos estudos para o X Exame de Ordem - não passei no IX Exame - pois vamos lá, eu estava aqui em casa tranquilo assistindo uma entrevista na TV justiça quando ouvir comentar algumas obras clássicas que o estudante de Direito não pode deixar de ler durante o curso - confesso que não li muita literatura jurídica nesses 5 anos - dentre elas estava O Príncipe de Maquiavel, o engraçado é que esse livro parece jogo de futebol - com a permissão do comparativo - pois todo mundo tem algo a falar sobre o livro, até quem nunca se deu o trabalho de lê-lo, então eu comecei a ler O Príncipe de Maquiavel - pense em uma leitura difícil - demorei três semanas com esse livro e confesso que não consegui absorver tudo o que ele traz.

Eu vou tentar passar aqui um pouco do que entendi sobre o livro. O livro trata de política, é constituído como se fosse um manual direcionado para algum governante trazendo ensinamentos de como é possível construir e manter um Estado firme, forte e independente. É necessário se fazer entender também que o autor, Maquiavel, acredita que tudo é possível fazer para conservar um "Estado de Paz" e que esse Estado só é soberano perante os demais quando governado por um principado.

O livro é composto por 26 capítulos e em cada capítulo o autor traz dizeres, exemplos de como um príncipe deve se comportar nas mais diversas ocasiões, desde batalhas travadas à conquista de territórios a comportamento que o príncipe deve ter perante seus súditos e aos demais príncipes. Nos capítulos de 1 ao 14 descreve as formas de poder e dos principais tipos de governos: fala sobre monarquia e república; no cap. 15, Maquiavel fala de como um príncipe deve se comportar ante seus súditos e amigos, explicando que para manter-se adorado é necessário que o líder saiba utilizar os vícios e das virtudes necessárias, fazendo o que for possível para garantir a segurança e o bem-estar.

No capítulo 16 é explicado ao príncipe como cuidar de suas finanças, para não ser visto como gastador, e levar o povo à pobreza, cobrando muitos impostos para manter-se rico. O autor diz que o melhor é ser visto como miserável, pois com este julgamento ele poderá ser generoso quando bem entender, e o povo irá se acostumar com isso. Os príncipes que vão junto ao exército atacar e saquear outras cidades devem ser generosos com seus soldados, para que esses continuem sendo fiéis e motivados.  

No capítulo 17, defende que é melhor um príncipe ser temido do que amado, mostrando que as amizades feitas quando se está bem, nada dura quando se faz necessário, sendo que o temor de uma punição faz os homens pensarem duas vezes antes de trair seus líderes.  O líder deve ser cruel quanto as penas com as pessoas, mas nunca no caráter material "as pessoas esquecem mais facilmente a morte do pai, do que a perda da herança".

No capítulo 18, Maquiavel argumenta que o governante deve ser dissimulado quando é necessário, porém nunca deixando transparecer sua dissimulação. Não é necessário, a um príncipe, possuir todas as qualidades, mas é preciso parecer ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso já que às vezes é necessário agir em contrário a essas virtudes, porém é necessário que esteja disposto a modelar-se de acordo com o tempo e a necessidade.

No capítulo 19, o autor defende que o príncipe faça coisas para não ser odiado, como não confiscar propriedades, não demonstrar avidez ou desinteresse. Do capítulo 20 ao 23, explica como o líder deve controlar e o que deve fazer para manter seu povo feliz, mantendo distância dos bajuladores, e controlando seus secretários. No capítulo 24 explica porque os príncipes italianos perderam seus Estados e como fazer para que isso não aconteça. Quando se é atacado, deve-se estar preparado para defender e nunca se deve "cair apenas por acreditar encontrar quem te levante" já que isso só irá acontecer se os invasores forem falhos. Nos últimos capítulos explica como tomar a Itália e como se manter na linha entre a fortuna e Deus dizendo que os líderes devem adaptar-se ao tempo em que vivem, para manter-se no poder por mais tempo.

Ademais o livro é em suma, uma dedicatória ao "magnífico Lourenço de Médici", oferecendo-lhe o livro e as faculdades de sabedoria que, a Maquiavel, venho a conhecer em anos e com incômodos perigos. O livro traz ensinamentos para governar um Estado da melhor e da mais duradoura maneira possível.

É isso pessoal, eu acho que consegui trazer um pouco sobre o que o livro quer nos mostrar, quem tiver um tempo livre eu aconselho que o leia, confesso que não é uma leitura agradável, achei um pouco rebuscada, porém sua filosofia é muito usual nos dias de hoje, vale a pena dedicar uma parte do seu tempo ao livro, a final um pouco mais de leitura nunca fez mal a ninguém.  

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Pr%C3%ADncipe

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